ALEM DO RETROCESSO

Enquanto eu canto medita a minha alma,

E ao mesmo canto chegamos por osmose,

Fluindo a voz eu destravo e até extravaso,

E meditando detecto o que me atrapalha.

São noites longas com empregos diferentes,

Em grande parte dedicada ao ser indigesto,

Mas no momento duma total introspecção,

Percebo a vida como o alem do retrocesso.

Ledos açoites pairam sobre o meu lombo,

Vindos de fontes até antes nem cogitadas,

Pessoas infames constroem o mau do nada.

Não uso sedas na vestimenta do meu corpo,

Meu cadáver terá a mortalha em chita pura,

Do meu velório,serão expurgos tais criaturas.

PUBLICADO NO FACE EM, 04/11/2012

LUSO POEMAS, 01/12/2013