Nós somos pó, poeira evanescente

Nós somos pó, poeira evanescente

Desde o berço fadado a terra fria

Padecedor de breves alegrias

Avistando uma longa treva à frente

Esse mundo me deixa doente

Sufocado, em claustrofobia

Eu rejeito esta vã fantasia

Desdenho agrado de entorpecente

Quero ver no mundo os seus horrores

E não tapar cadáveres com flores

E lúcido encarar nossa desgraça

Essa é a vida sem a romantização

É amar os ossos que vão pro caixão

Viver em vão em prol do que será fumaça

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 12/11/2017
Reeditado em 27/06/2019
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