Nós somos pó, poeira evanescente
Nós somos pó, poeira evanescente
Desde o berço fadado a terra fria
Padecedor de breves alegrias
Avistando uma longa treva à frente
Esse mundo me deixa doente
Sufocado, em claustrofobia
Eu rejeito esta vã fantasia
Desdenho agrado de entorpecente
Quero ver no mundo os seus horrores
E não tapar cadáveres com flores
E lúcido encarar nossa desgraça
Essa é a vida sem a romantização
É amar os ossos que vão pro caixão
Viver em vão em prol do que será fumaça