Vejo no chão as marcas do outono

Vejo no chão as marcas do outono

E todo o verde tomba em sonolência

Flores morrendo, secam em decadência

Eu lembro quem se foi pro eterno sono

Pois tudo que é feito de carbono

Há de ser uma sombra na existência

Mas esta dor fica na consciência

E planta em meu peito o seu trono

E eu piso nessas folhas ressecadas

Ciente que não somos nada

E sinto-me amargo e vazio

Eu digo o que morreu não mais importa

Mas as lembranças batem a minha porta

Para deixar meu mundo inda mais frio

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 16/11/2017
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