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O MERCADOR DE SOLIDÃO
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Eu sou da solidão o mercador
e vendo-a mais ainda às madrugadas,
também ao sol, já desde as alvoradas,
cantando sempre loas ao Amor.
 

Como a singrarem trêfegas jangadas,
meus ais velejam por um campo em flor,
na busca de encontrar cais salvador,
lá num pernoite das mais belas fadas.
 

Porém, no tédio dessas horas tantas,
noite e dia, tristonho, solitário,
vai de mim, ó tristeza, tu me espantas.
 

Tem de mim piedade, solidão!
Eu te merco, sem fim, tão solidário,
e tu só me tens dado ingratidão?!

 

Fort., 20/12/2017.
 
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 21/12/2017
Código do texto: T6204305
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