Vento Norte
Ando a pensar na morte ultimamente...
Penso em seu braço forte, seu mistério,
Contemplo um golpe ou corte, não sou sério,
Pois temo a minha sorte, minha mente.
Ainda assim meu norte está confuso,
Perdido em arma e porte, clandestino.
Sou fraco, sem esporte e sem destino,
Sem Atlas que suporte este meu fuso.
Caminho sem transporte, tão sem rumo,
A ler algum recorte em vidro fosco.
Sem ter um nós que aporte em um conosco,
Não vejo quem comporte o gosto em sumo.
Que a esfera enfim entorte o plano azul,
E a noite escura importe o vento sul.