A MUSA DECADENTE

A musa de ar decadente como nas furnas

De olhos garços nas alegorias do fado

Vejo-a com seu rosto entristecido ao lado

A mania e a tortura são frígidas e taciturnas.

E o amante róseo ou o lacaio esverdeado

Investido com medo no véu das urnas

O assassino mau, e o mítico nas noturnas

Águas do inferno sóbrio de um condenado.

Quimera triste vertendo o terror constante

O pensamento no aforismo numismático

No sangue hercúleo e pagão do instante.

As velhas górgonas e um matemático

Quando reinavam no Caronte pedante

E o grande Hades da maldade errante.

DR DMITRI

Dr Dmitri
Enviado por Dr Dmitri em 24/08/2007
Reeditado em 24/08/2007
Código do texto: T621556