DÊ UMA CHANCE AO URUBU

Dê uma chance ao degenerado urubu,

Não venere ao meu cadáver moribundo

Pois certamente nunca pensei como tu

Pois já cessei as serventias a este mundo

Depois de morto sou apenas uma carniça

E não ostento mais nem um pequeno viço,

E quem sabe os germes já saibam disto

E sendo assim selam seus compromissos.

O mau cheiro neste estágio espanta o belo

Porem atrai outras falanges de interessados,

Em um defunto pé de chinelo já sem reinado.

Mas o fato é que o nobre também apodrece

Em isonomia aos desvalidos nada abonados

E somos por fim, numa sepultura nivelados.

(Miguel Jacó)

15/01/2018 15:24 - Jacó Filho

POETAS NÃO MORREM

Leio sobre crenças, em lendas e poesias,

Vejo tal mago, a lua em fases evoluindo,

Todas as manhãs analiso o Sol surgindo,

E minha alma expandida vibra de alegria.

Neste êxtase sublime a inspiração brilha,

E o espírito de poeta surge uma vez mais.

Sempre hipnotizado pelas forças naturais,

Fazendo do amor a luz pra nossas trilhas.

Pelo mel traz o pólen, em troca generosa,

E a vida feito flores, os poetas escolhem,

Pra pintar em versos, atos que envolvem,

O sentido absoluto da natureza e da rosa;

De portar a cruz, e a fé que nos sacodem.

Virando taças de fel, poetas não morrem...

(Reedição)Parabéns! E que Deus nos abençoe e nos ilumine... Sempre...

Para o texto: DÊ UMA CHANCE AO URUBU (T6225468)

Boa tarde nobre alfaiate das letras Jacó Filho, obrigado pela vossa incisiva interação, aos meus pacatos versos, um abraço, MJ.

PUBLICADO NO FACE EM 13/01/2012