RÉQUIEM DE UMA ALMA LASTIMOSA

Ó formas negras, plúmbeas, esquimosas

De noites sem luar, e sem amores!

Ó formas isensatas, tediosas...

Sem cor, sem brilho, sem o olor das flores!

Réquiem soturno d'alma, em dolorosas

chagas, que a luz do dia exprime horrores...

Em tênue acorde, as cifras vaporosas,

Dolentes, cruas - perfazendo as dores.

Saudades castigando um peito, louco

De amores, as volúpias corroendo...

Clamam dolências fúteis (canto rouco).

Ó lira, fecundai em mim, o acorde

maior; no júbilo, um sonante (adendo)

- Fecunde o amor, e em vibrações, transborde -

(Ahh, fecundai!!!)

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Show de interação do exímio POETA CARIOCA. Grata!

A ALMA E O ANJO

Em plena febre o sofrimento expande

No íntimo da alma que decai sofrida,

Na dor da maldição nasce a ferida

Do que era o amor que um dia foi tão grande!

Esmorecidamente combalida,

O anjo bom solicita que se abrande

E na tortura ele intervém: - Vá e ande!

Levante-se alma e siga a sua lida!

Quando essa alma se reergue resoluta

, Retoma a si e abraça a nova luta,

Esperançosa em si, na sua sorte...

... Destarte, ruma à luz, voa absoluta

Ao mundo que saíra e, devoluta,

Reconstrói a alegria após a morte!

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Bela interação da talentosíssima poetisa/ amiga

FERNANDA XEREZ - A FLOR DO DESERTO.

ALMA SE TU SOUBESSES!

Esta alma tão triste recusa-se ao sono eterno

Mal sabe ela que com Deus estará, o Sempiterno

Ao perceber que precisa partir para o outro lado

Sentirá no ser etéreo um toque do seu Deus amado

Em transe e meio perdida não quer se desvencilhar

Pensa na sua vida na terra e deseja nela ficar

Ó alma, se tu soubesses! o quão bom é o paraíso

Sairias daqui o mais breve, recuperando teu juízo

A certeza de encontrar Jesus Cristo, o Salvador

Serás eternamente acolhida em Seus braços de amor

Bom é saber que no verão ou solstício de inverno

Terás a bênção do Pai celestial, amoroso e terno!

Aila Brito
Enviado por Aila Brito em 23/01/2018
Reeditado em 24/10/2020
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