Soneto da chegada da morte

Bateu-me a porta com seu manto escuro,

Chamou meu nome, com jeito sisudo,

Venha, estou a te esperar, apressa-te!

Despeça-te de quem amas, do mundo!

E mostrou-se real, como já sabia!

Através de passagens, que assistia...

Mas chegara minha vez. Resolvida!

Despi minha alma, para a partida...

Abracei meus filhos, um de cada vez!

Relembrei instantes da minha vida...

Agradeci as lições aprendidas!

Compuz a poesia da despedida!

Escolhi as músicas e as flores...

Leve e feliz, parto agradecida!