AURORA MORTA
Aurora morta
Na noite de lua morta,
Onde o negro é mais escuro,
O silêncio é um murmúrio,
Tilintando em minha porta.
Todos dormem, tudo é calmo,
Uma paz na escuridão.
Quase pego em minha mão,
O suspiro de uma alma,
Que ao céu sobe tristonha,
Como chama que não flama,
Como planta que morreu.
E o que vejo nessa hora,
É o fim de minha aurora,
De alguém que não fui eu.