Pastiche inspirado em Augusto dos Anjos

Do átomo ao infinito

No íntimo das partículas enfurnado,
sou eu que prótons e elétrons, fito;
Penetro o mínimo, de olho no infinito,
porém, ali o mistério é condensado.

Ali, grito do universo tenho escutado,
por estranho, nem sequer é esquisito;
Ouço um chamado mas não me agito,
pois dentro de cada átomo um chiado.

De tal matéria este universo é oriundo,
sempiterno, esconso, velho, profundo;
E vai escondendo, eventos medonhos.

Que um dia o big chunch vai e acalma,
pois todo cosmo cabe dentro da alma,
sob forma real ou apenas em sonhos!



Belíssima interação de Edbar:
A experiência de ver

A versão do que entendemos ver
Talvez simulação ou mesmo ilusão
Ou ainda conceitos numa concepção
A partir da qual achamos entender

É provavelmente um ponto de partida
Para estágios impensáveis no presente
Daí o desconforto inquieto das mentes
Sem oráculo que explique mais da vida.

Fomos menos que somos entrementes
Quando imersos em obscuros paradigmas
Atravessando a essas eras lentamente

Hoje, o átomo em partes diferentes
Conduziram até mesmo aos bóson's de Riggs
Num colisor de hádrons e de inocentes.


Interação muito boa do mestre Jacó Filho:
DO ÁTOMO AO ASTRO

Sob leis imutáveis, divinas, e eternas...
Existimos nos cosmos, e como iguais...
No micro e macro, cópias estruturais,
Fazem-nos deuses em fases diversas...

Tais partes do todo, no amor regidos,
Erguemo-nos de blocos ao individual...
Mas desde a centelha um ser imortal,
Que desce à terra pra voltar evoluído...

Colhendo experiência de vidas e fora,
Galgamos nos reinos, o grau humano...
Quarta raça raiz, em razão, brotando...

Ter corpo e espírito que ainda ignora,
Portar deus em si,nos leva a enganos,
Como buscar fora a luz que louvamos...
Jair Lopes
Enviado por Jair Lopes em 13/02/2018
Reeditado em 15/02/2018
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