Breve amanhã (soneto)

Tramas de galhos que se engatilham formando

Desenhos geométricos diante de minha visão

Já cansada e sem nenhuma exaltação de brilho

Que se vai nesta tarde fria e cinzenta que morre

Num pesadelo de novos dias iguais que por certo

Iram manchar com tristezas os seus devaneios

Que as tramas caricaturadas escondem de olhares

Que buscam a vivais razão dos dias serem assim.

No ilusionismo dos burlescos quadros sem arestas

Como charada mexem com os sentimos que avivam

Na contemplação dos olhares que define e interpretam

Os pinceis aflitos da natureza que chora e se agita.

Perdendo os seus ecos paranoicos e enaltecidos

Por novas tardes que surgiram num breve amanhã.