Amor eterno amor

Ai, amor que me consome a alma!

Tua fúria traduz em ares profundos

Meu olhar por horas foges do mundo

Sou prisioneiro da paixão exacerbada.

Ai, amor eterno amor!...

Já me abrigas por longo e tenebroso tempo

Nem que eu fique eternamente em silêncio

Não suportaria tamanha dor.

Que amor estranho e oceânico

Assintomático, misterioso e profano

Tua chama queima e me afoga em lágrimas

Não sou um rei, apenas um mero sonhador

Que apenas vive enclausurado nesse amor

Um poeta apaixonado solitário e sem nada.

Nelson Rodrigues de Barros
Enviado por Nelson Rodrigues de Barros em 28/08/2007
Código do texto: T627435