O Nada Sublime

Não sabia que nada sabia do nada
Que sorvia o tudo deste meu querer.
E destinada já nasceste amada,
Toda necessária pra eu sobreviver.

Foi no silêncio da voz engalanada
Que ouvi o som do nada a me dizer:
“Sou tua e por ti apaixonada,
Tu és toda vida que sonhei viver!”.

E este foi do nada o meu achado,
Surgido deste tudo que exprime,
O vazio pleno que não deprime.

Pois tê-la é ver o nada no passado,
Sentir-se tudo diante do amado
Sobretudo neste sonho sublime.