Neste longo caminho, passo-a-passo,
imêmore indagação me acompanha,
porque não sei exatamente o que faço,
ao deparar com mortífera aranha.
Finjo que não a vejo e rápido passo?
ou encaro numa experiência estranha;
invadindo aquele nicho, seu espaço,
enquanto por dentro medo me arranha.
Bem sei que ela faz da teia seu laço,
e que, com insetos, tem sua manha,
mas com pé posso lhe dar um amasso.
Eviscerar bem, no chão sua entranha,
mas, este pensamento logo eu casso,
porque seu direito à vida ela ganha.