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Neste longo caminho, passo-a-passo,
imêmore  indagação  me acompanha,
porque não sei exatamente o que faço,
ao  deparar  com  mortífera  aranha.
 
Finjo que não a vejo e rápido passo?
ou encaro numa experiência estranha;
invadindo aquele  nicho, seu espaço,
enquanto por dentro medo me arranha.
 
Bem sei que ela faz da teia seu laço,
e que, com  insetos, tem  sua  manha,
mas com pé posso lhe dar um amasso.
 
Eviscerar bem, no chão  sua entranha,
mas,  este  pensamento logo  eu casso,
porque seu direito à  vida  ela  ganha.
Jair Lopes
Enviado por Jair Lopes em 15/03/2018
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