Humores
 
O saco de humildade o bom humor levou.
Ficou o de orgulho no qual tropeço agora,
deitado da queda, desde nem sei que horas
a espera do larápio que ao saco roubou
 
À que ângulos estranhos a gente se adapta:
ridículo, na horizontal, vendo tudo pro ar,
indiferente a como se esteve e como agora está
pagelando ao inverso dádivas e graças
 
Por enquanto não sei se ele vai voltar.
Daqui não dá pra ver o humor pelas praças
rindo com os outros de suas trapaças
 
Só com muito esforço dá pra imaginar
o mau humor, coitado, vendo o que é que faça
das tripas, pulmão, que coração, não acha.