A podridão que habita o cemitério
A podridão que habita o cemitério
A mal cheirosa face de um esqueleto
Armou eterna casa em meu soneto
Fez de minha alma um fúnebre necrotério
E neste mundo desolado e preto
Silencioso feito um monastério
Na sepulcral bandeira de um império
Que faz do meu passado obsoleto
E aqueles que leem o meu poema
Não podem ver a margem do problema
Não sabem quantas lágrimas rolaram
Não sentem a amargura de minha alma
E lendo estes versos batem palmas
E saúdam as dores que me deformaram