A beleza do fim

Essa busca desenfreada da estética,
esse desprezo desumano pela estóica;
uma escravidão viciante pela métrica,
naturalmente deixa a mulher paranóica.

Lábios, peitos, cintura e bundas modelados,
que robusta aparência de perfeição gera;
passos, olhares e gestos bem calculados,
afirmam: cá, apenas falsa beleza impera.

Portanto se vê tal corpo moldado em músculo,
dessa estrela misteriosa fascinante;
belo invólucro para um cérebro minúsculo,
que nada pensa, somente segue adiante.

Parece que sociedade chegou ao crepúsculo,
mas, o final deste mundo será brilhante.
Jair Lopes
Enviado por Jair Lopes em 27/03/2018
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