Nem tudo é festa!

Não compreendo ser humano prazenteiro,
que o tempo todo parece um desprendido;
todo tempo alegre, falsamente festeiro,
Ignorando o que lhes suplicam seus sentidos.

Então, quer vender imagem de ser faceiro,
que, contudo, não deseja jamais ser lido;
porque ninguém o vê totalmente, inteiro,
E em nenhum momento se diz aborrecido.

Contudo, quando nos detemos no seu olhar,
percebemos mistérios, dúvidas, enredos,
embora ele goste de alegria demonstrar.

Por certo o interior está cheio de medos,
entretanto o que ele mais teme é o azar,
que por certo virá, mais tarde ou mais cedo.
Jair Lopes
Enviado por Jair Lopes em 30/03/2018
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