Pérolas no lixo

Estavas solitário em teu suplício

No interstício da vida pro além

Naquela calçada, muitos vão e vem

E ninguém pra abrandar seu maleficio

O amor da humanidade é fictício

O homem sem as posses, não é ninguém

Há uma corte a esbanjar desdém

E a língua pra enganar quando é propício

Melhor é o solitário ao duvidoso

Do que o abraço falso, venenoso

A caridade feita por capricho

O esterco ainda fede em meio as rosas

Não dê valor as almas mentirosas

Como quem busca pérolas no lixo

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 11/04/2018
Reeditado em 11/04/2018
Código do texto: T6306058
Classificação de conteúdo: seguro