Último sonho juvenil

Adimirando o céu, e como em vezes muitas, quantas

Nuvens passam aos meus olhos!? E eu noto

Em meio aos gases se esvaindo e meu olhar torto

Que minha imensidão, já não é mais tanta.

Olho para o passado, para o menino que fui

Lembro de ver nos olhos, um brilho que reluz

Uma determinação acesa, que a apagava até a luz

Que a maldade do tempo, hoje polui.

E eu me risco inteiro, ao olhar para o que hoje sou

Tão incompleto, em relação ao que sonhou:

Durante a geração passada do meu pensamento.

Eu muito mudei, hoje me agarro a faíscas

E espero em meio a elas, algumas iscas

Para riscar os fósforos do esquecimento.