Triste lembrança
Quando a noite, me estranho sozinho
Olhando para o céu a adimirar estrelas
Lembro-me no espaço, em infinitas telas
Aquilo que foi, meu mais dolorido espinho.
Quando vou deitar-me e apago a luz. No escuro se cria
Gélidos momentos, que atormentam a minha espinha
O meu pensamento, que ontem mesmo tinha
Expremido a inflamada bolha, da lembrança que crescia.
Mas parece ser mais fácil, erradicar uma peste
Do que isto, que depois de muitos teste
Só escondeu um pouco o neurônio epidêmico.
Agonizando nas trevas, sob a redoma do mosqueiro
Alguns mosquitos sugam meu sangue inteiro:
–Esses mosquitos são o passado a me deixar anêmico.