Quando por fim descer a sepultura...

Quando por fim descer a sepultura...

...meus íntimos e eu for tão solitário

Amargurado, morto, sedentário...

...perdendo do semblante a formosura

Lançado vivo em uma cova escura

Amaldiçoado por sonhos funerários

Quando o caixão for meu santuário

E eu sucumbir no breu de minha tristura

Quando ceder de vez a depressão

Num canto frio, sujo, jogado ao chão

Na aflição dos meus últimos dias

Que a morte não me veja com frieza

E se compadeça de minha tristeza

Antecipando a minha travessia

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 18/05/2018
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