SOBREVIVER É O CUME.

As obras da humanidade confrontando a natureza

Nos exalam muita clareza de que há diversidades

Nossas capacidades por mais que sejam inventivas

Não detém a qualidade dos acabamentos primitivos.

Nossas pinturas padecem de muitas irregularidades

Ao ponto que uma borboleta exibe a suntuosidade

De muitas cores concretas todas elas harmonizadas

É uma condição exclusiva do criador da humanidade.

Eu não discuto a santidade como dom da perfeição

Mas vejo na sacralidade nuances de uma gratidão

Que muitas vezes nos falta na busca da consagração.

Em cada flor exalada arrotando o seu perfume

Atraem seus consumidores causando até ciúmes

Ao fim todos se entendem sobreviver é o cume.

PUBLICADO NO FACE EM, 21/05/2018