Ao filho que nunca terei

Filho de minha ancestralidade

Fruto que almejei em minha ânsia

Desventurado em negras circunstâncias

Brotou dentro de mim paternal vontade

Filho que não terá nunca uma infância

Se atormentando em humanas vaidades

Aglutinando-se em violenta sociedade

Esta humanidade que me causa repugnância

Em amargura em avançados anos

Vê que é ilusão o labor do ser humano

Trazendo a herança de muitas despedidas

Oh almejado, oh meu filho amado

Não lhe condeno com um infeliz legado

Para lamentar desafortunada vida

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 27/05/2018
Reeditado em 27/05/2018
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