Nos somos da paixão mero objeto

Nós somos da paixão mero objeto

Logrados da razão, uma vil trama

Os olhos cegos, laços de quem ama...

...ao leu, vagando em rumo incerto

Hoje se gloria de enganosa chama

De atro fado, fraudulento e abjeto

Fim de quem louva a flor do desafeto...

...é chafurdar em tal podre lama

Alguém então dirá que esta feliz

Tal ébrio em busto de meretriz

Ignorante do grau de sua baixeza

E na penúria deste amargo fado

No singelo anseio por ser amado

Abrimos mão de nossas defesas

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 03/06/2018
Reeditado em 04/06/2018
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