Naquela amarga senda desgraçada

Naquela amarga senda desgraçada

Por onde os mortos passam, tantos, tantos

Em agonia um morto ali desaba em prantos

No meio de outras velas apagadas

Como chora um morto ao véu do nada?

Já consolado em funéreo manto

E transladou-se em negro canto...

...ao mocho piador ao céu da amada

Em meio aos marmóreos monumentos

Ela tombada nas cruzes dos lamentos

Tal uma sombra a vagar perdida

Então veio o conforto dos umbrais

Ali onde as almas encontram a paz

Lá onde tantas almas são esquecidas

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 28/06/2018
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