Despedida

Dissolva a cal a toda pele e carne

Dissipe os sonhos no finado dia

Dirima a angústia que cravada na alma

Transforma em pranto a doce melodia

Acolha a terra o leito amadeirado

Receba as flores sob o véu jazidas

Abrigue o ventre a palmos do seu solo

O canto e as glórias hoje perecidas

Pois das memórias foram extirpadas

Reminiscências de fugaz vestígio

E sob a terra jaz eternizado

Quem na existência já não tem prestígio.

Por que chorar o leite derramado

Como esperança que não tem valia?

Moses Adam, 0207/2018

Perus, SP