Vem da tênebra, de sepulcral morada

Vem da tênebra, de sepulcral morada

Rompendo os tendões do materialismo

Abominável sombra do abismo

Em manto negro e face descarnada

Tornando riso em noites geladas

Cessa o pulso de todo organismo

Embaixatriz de lúgubre fatalismo

Das almas de fortuna desgraçada

Nesses caminhos por onde ela passa

Vibra a sonata ruidosa da desgraça

Em aflição antevemos seus horrores

E pranteamos quem não mais existe

Amargurado em atmosfera triste

Em face de um caixão coberto de flores

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 04/07/2018
Reeditado em 04/07/2018
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