Soneto da Sede

Eis minha indômita sede de amar

Mesmo que sua indumentária cresça

eu procuro em tudo que me apareça,

na beira do mar, na sala de estar

Farejo nos becos e nas esquinas

trajando sempre o incognoscível

Passa com seu sorriso incompreensível

a começar o que nunca terminas

Eu ignoro o que não me derruba

que não me soca o corpo com ternura

O que não me rasga do pé à juba

Quero amor sem modéstia e por inteiro

o que nos dói a falta, tal fratura

e nos parece sempre ser primeiro

Ricco Salles
Enviado por Ricco Salles em 09/07/2018
Código do texto: T6385115
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