A carne cúmplice

Descubro tua tez branca e rosada,

Teus poros se entumecem pelo frio,

N'agora, carne frouxa e relaxada,

Por onde evaporou esse teu cio.

Os teus olhos são dois velhos conhecidos,

Me dizem quando há “tal felicidade”

Em todos os teus recantos divididos

Comigo nessa tal cumplicidade.

Durmamos feitos côncavo e convexo

Como dorme o casal de andorinhas

Pois nada há melhor, depois do sexo

Do que dormir sonhando, de conchinha.

Meu Deus eu tanto rezo quanto peço:

Não deixe essa mulher de ser só minha.

José Freire Pontes
Enviado por José Freire Pontes em 17/07/2018
Código do texto: T6392510
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