O equilibrista

Conto com o destino dos meus dias,
Que me oferta a dádiva do sepulcro,
E que grita naquilo que transmudo,
do mudo ego  numa vida arredia.

Nos solitários pilares do meu circo.
Onde sou equilibrista ainda ator e vilão,
Ser palhaço do meu palco uma atração,
Herdei da vida a beleza do sorriso.

Na vida somos o brilho desta chama,
Nos grandes enredos de seus dramas
Aclamados mestres desta essência.

Que me venha o augúrio da tal morte,
Mas eu juro que expulso esta má sorte,
Na eternidade que revoga a existência.