Vida Errante

O sol jaz vermelho num crepúsculo de sangue...

O céu, de tanto sofrer escurece triste, exangue...

É a noite que se aproxima com seu negror de dor...

Escuridão que aterriza no açoite de uma fria brisa...

A tarde já se foi, tarde, após mais um clamor de vida...

No dia a dia em que arde, covarde, a chama de um viver...

No afã do sonho a conquistar, na manhã de um despertar,

No final decepcionante de mais outro frio entardecer...

Mais um dia na morte que se aproxima no horizonte...

Guardemos a moeda para o bom e velho Caronte...

Ou joguemo-la com esperança no sonho da fonte...

Só mesmo a certeza de sonhar o viver me garante,

Já que a cada dia, no viver de cada frio instante,

Grito “não”! Prefiro a ilusão a um viver errante...

Iacoe Michaela
Enviado por Iacoe Michaela em 29/07/2018
Código do texto: T6403629
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