Alma de Camélia

Menina de olhos negros no brilho da tenra idade

Universo de pureza com seus cabelos compridos

Parecendo fios de ouro espalhados sem vaidade

Amava jogar as tranças no verso era concedido

Era feliz na inocência não sofria com desgosto

A mais linda das camélias de meiguice perfumada

Despertou louca paixão em um lindo e forte moço

Que girou feito um ciclone por essa flor delicada

Ela também se encantou por aquele deus mortal

Que chegou com tanto amor numa flechada fatal

Tornou-se porto seguro âncora dos seus desejos

Em plumas de madrugada a versar amor gostoso

Foram levados por sonhos num soneto fabuloso

A concretizar projetos colorindo seus ensejos

Elair Cabral