Reflexões para nada concluir
Reflexões para nada concluir
Por ter sido eu quem sempre fui,
Tal hoje, como sempre no passado,
O sopro de vida que, em mim, flui,
(com risos ou a choro derramado)
É um constante vai e vem...Que seja
A alma turbulenta a sugerir,
As velhas angustias do que há de vir,
Ou mesmo a malfadada incerteza.
Meu corpo vai sentindo pouco a pouco,
O legado de um viver num mundo louco,
Gozado pela vida tal e qual.
Aí reflito, quieto, ao pé do leito,
Curtindo as razões desse meu jeito,
E quedo-me aguardando um bom final.