Negra primavera
 

Quando as flores enfeitam um velório
A primavera se torna hedionda, negra
Ao morrer o ser que vivia o real, o ilusório
Que não tem como fugir dessa regra
 
As lágrimas se fazem chuvas tristes
Que regam os corações, de saudade e dor
Numa comoção, de um enredo desolador
Que o nosso coração quase não resiste
 
Diante do fim dos sonhos, e da vida
Com a nossa alma, sofrendo, dolorida
No caixão o corpo, presente enfeitado
 
Com flores belas, que foram mortas
No instante que alguém, chega e as cortas
De fato, junto a elas serás sepultado


Valdomiro Da Costa 24/09/2018
 

 
 
                                          
                                                                 
 

 

SEMPREPOETA
Enviado por SEMPREPOETA em 24/09/2018
Reeditado em 29/06/2023
Código do texto: T6457868
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