Ossos e cinzas dentro de um caixão

Ossos e cinzas dentro de um caixão

Onde me vi nos quebradiços ossos

Tudo que vivi foi sempre tão insosso

Como abutre a margem da degradação

Na vida a labuta é sempre em vão

Somente é real nossos destroços

Espero ser pendurado pelo pescoço

E ser lançado no fosso da escuridão

E a industria que faz o pano preto

Tomará as medidas de meu esqueleto

E que o tempo consuma o horroroso crânio

É esta infausta vida que me assombra

Que eu prefiro viver como uma sombra

Oculto nas trevas do subterrâneo

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 29/09/2018
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