Pimenta de cheiro

Aquela menina com cheiro de alfazema,
dizia tanto aos olhos como a meu olfato;
dessas que lembram as atrizes de cinema,
deslumbrantes e muito macias ao tato.

Se por acaso com ela cruzasse olhar,
qualquer homem mesmerizado ficaria;
sua majestade e seu porte no andar,
tinham um quê do poder da feitiçaria.

Mas certo dia, sem mais esta nem aquela,
sequer por amor e tampouco por dinheiro,
convenci-a que queria transar com ela.

E como pinto no lixo fiquei faceiro,
quando numa cama seus dotes me revela,
de nhapa deixou bom olor no travesseiro.

 
PS- Encontrei este soneto nos meus arquivos. Sinceramente, não sei se sou o autor. Então, se o verdadeiro autor aparecer, dou os créditos. 
 
Jair Lopes
Enviado por Jair Lopes em 01/10/2018
Reeditado em 01/10/2018
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