COMO QUISESSE (soneto)

Como quisesse alegre ser, deixando

O queixume rotativo, zunindo a hora

O tédio, ao bafejo sequioso da aurora

Do cerrado, dentro de ti, comandando

Estranho querer, no peito te cortando:

Melancolia, silêncio, a paz indo a fora

Que te cala, maltrata e também chora

E chora... saudades então recordando

E logo, uma imaginação, compungida

Te perseguindo, surge como senhora

Dos teus sonhos, torturando a razão

Assim queixosa minha alma perdida

Andei largo instante, sem ir embora

E agora, o tempo antigo, é oposição!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

11, novembro de 2018 - Cerrado goiano

Olavobilaquiando

Vídeo no YouTube:

https://youtu.be/aGUkUheJCPI

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 11/11/2018
Reeditado em 17/02/2020
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