LÁZARO
E postado por essas lamas poéticas
Que perneia nas escórias da mente
No silêncio que consome vorazmente
O corisco de vidas curtas e elétricas
Os deuses de formas milimétricas
Riem d'um poeta sem asa e que mente,
Na sujeira embuçada metaforicamente
Dos cromossomos de duas genéticas.
E em algum lugar hostil e abandonado
Onde os batistas arrotam em avaliação
Jorra meu sangue em fato consumado.
Pela cruz de um mártir e'mim fundido
Oro debruçado na hóstia da redenção...
Para ser Lázaro, e duas vidas ter vivido.