Ao inocente...

Um manto azul recobre o firmamento,

Enquanto o sol derrama loiras fadas.

Farfalham nas folhagens meigas, pardas...

Lançando cantos místicos ao vento.

O dia, preguiçoso, passa lento...

As aves – sempre em bando – nas revoadas,

Às vezes, nas lagoas mergulhadas,

Buscando a distração, ora, alimento.

Um ser, então, caminha junto à relva,

Nativo dessa campa - ser de selva –,

Contudo, o seu olhar é doce e calmo.

À sua frente jaz com uma folha

Um Frei, que lhe oferece (sem escolha),

A catequese, a cruz, o terço e o salmo.

São Paulo, 28 de Novembro 2018