Um dia hão de pôr me num caixão

Um dia hão de pôr me num caixão

Será uma gloriosa despedida

U'a atenção que não tive em toda a vida

Em um contraste a minha amarga solidão

Consternados sobre a fúnebre oração

Hão de prantear a minha partida

A minha alma nunca foi tão querida

Tal em minha descida aos sete palmos do chão

Receberei com honra o melhor jazigo

Daqueles que nunca foram meus amigos

Dos que aos poucos me deixaram morrer

E agora morto e tudo acabado

Virão aos bandos me render cuidados

Como se houvesse ainda algo a proteger

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 26/12/2018
Reeditado em 22/02/2022
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