Neste afã.

Meus olhos ainda vislumbram o teu lindo corpo

Desejos que eles próprios avivam para nutrir-se

Em delírios que se exaltam em busca de atingir

Sonhos que predomina pensamentos cunhados.

Eu reviro e passeio pelos meus quadros pintados

Onde ainda estão encrustadas e gravadas obras.

Apesar dos anos que foram junto ao andamento

Que viajaram em desabaladas careiras simbólicas.

Onde ofuscadas lembranças, permanecem vivas

Delírios constantes renascem em quadros singelos

Reprisando estações de caricias e fantasias mutuas.

Neste afã que ainda repetem vontades insensíveis

Abençoo teu corpo aos olhos que se vestem despidos

Imaginando aquarelas em nanquins de entretons mis.