Todos mudam, mais cedo ou mais tarde

Todos mudam, mais cedo ou mais tarde

Iludidos que o riso é permanente

Mas o tempo sorrateiro sem fazer alarde

Já preparou seus dias descontentes

E essa luz que nos teus olhos arde

Que outrora fora tão resplandecente

Sobre os gládios deste revés covarde

Tornar-se-ão frios e indiferentes

Levado pela correnteza da mudança

Sepultando os teus sonhos de criança

Alheio aos delírios de vã crendice

Isolado em sua interna agonia

Vislumbrando dolorosa nostalgia

Ante o reflexo decrepito da velhice

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 02/01/2019
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