Ritual - 012

Tarde vazia fazendo alusão ao nada. Amorfa!

Horas que se arrastam em aforismos abatidos

Débeis, incertos, controvertidos, sem ensejos

Voejando sobre esta tarde fria. Interminável.

Suspiros acabrunhados medrosos adindo-se

Ao cenário que parece funesto aos olhares

Temerosos e pensativos dos que ponderam

Em dissuadissem desta tarde acinzentada.

O céu, porém, esbanja arrojos em fogaréus

Que pinção lampejos a se avistar no éden

Que capítula ao sabor da tarde que dará

Ambiente a noite que aborda apregoando

Um funesto aguaceiro, rugoso e alarmado

Aos olhos, dos que acompanham o evento.