Lua de sangue mística
Já não sangrava assim a doce lua
E já não ficava assim o meu olhar,
Vendo o teu rubro sangue escorregar
Na tua pele mística, branca, nua.
Por Deus, me afasta a sede de vampiro!
Esconde o cheiro forte do teu sangue,
Porquanto eu sinto o corpo todo langue
Destarte, eu tenho o fôlego languido.
Esconde com pudor teu carmesim,
Pois esse teu vermelho me arrepia,
Se mais inda amarei vermelha assim,
Me parecendo o sol no fim do dia,
Enquanto o meu olhar firme, te espia,
Batendo um coração dentro de mim.