Soneto do Parvo
De concreto nada há no tempo
apenas lembranças abstratas,
prantos e risos
fendas não preenchidas.
A erva brota e a cobra rasteja
o princípe continua alucinado
por seus sonhos reais;
o parvo observa os pardais.
Morte ao tempo!
a cada verso novo,
dê-me o recomeçar ao invés do soluçar.
O futuro recomeça
só não me peça a peça
que falta no teu jogo de amar.