Pesadelo

Branco como a lua teu rosto estava,

Embora inda me visse em desespero.

Com aquele teu esforço derradeiro,

Naquele precipício despencava.

Foi pânico, foi sonho, um pesadelo.

Naquela noite espantado acordava,

Todavia o espírito sussurrava,

Enquanto me puxava o tornozelo.

Acorda novamente, vem, me salva

porque, se não te acorda eu morro cedo

E será morta "Ad Eternum" a tua alma.

Eu saquei de papel, pena e tinteiro

E escrevi: vai-te embora bem ligeiro,

Ó sono perturbador de minh'alma!

José Freire Pontes
Enviado por José Freire Pontes em 24/03/2019
Reeditado em 24/03/2019
Código do texto: T6606416
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