Ao filho que nunca terei ll
Filho fadado a neutralidade
Poupado dos horrores sociais
Filho que não verá a luz jamais
Nem pranto, dores e animosidade
A turbulenta e tóxica sociedade
Tem alcançado os picos mais brutais
Nas cidades habitam os animais
Não te condeno a esta realidade
Nos jornais alardeiam a violência
Sintomas de um mundo em decadência
De aparências, fúteis e sem valores
E os jovens na estatística da depressão
No fim do dia retorna essa sensação
E silenciosamente se afogam em suas dores