Entre céu e inferno

Na barca de Dante fui marinheiro

Viajando nestes anos hodiernos

Da nau que rumava para o inferno

Fui o mais destemido passageiro.

Combatia demônios no estrangeiro

Encarando forças que não governo

E por saber que o mal não é eterno

Cri na promessa do sono derradeiro.

Pelos pântanos sombrios obscuros

As batalhas desleais e desumanas

Arremessavam-me contra um muro.

E ao procurar pela luz do firmamento

Entre a razão e as tentações mundanas

Fui pro purgatório e caí no esquecimento.

marcelo ferraz
Enviado por marcelo ferraz em 23/09/2007
Código do texto: T664570
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